Entrevista de Taylor Lautner para a revista brasileira "Todateen"

Confirem abaixo uma entrevista da revista brasileira "Todateen" com Taylor Lautner na Pensilvânia, pouco antes de começarem as gravações de "Abduction":

É difícil passar a imagem de um ator sério quando se está atuando sem camisa?

Bom, eu não estou focando no corpo (risos). Eu ainda me sinto meio estranho. Quando tirei a camiseta pela primeira vez no set, foi esquisito, porque eu era o único sem camisa. Mas, você sabe, mais para o meio das filmagens eu já estava acostumado.

As cenas de beijo em "Eclipse" foram engraçadas ou estranhas?

Não foi estranho... Foi diferente. É que eu e a Kristen somos bons amigos.  depois de cada tomada, eu e ela nos soltávamos e ela me olhava e rolava uma coisa. E ela dizia: "Taylor, a gente só se beijou". E eu meio que dizia: "é, a gente se beijou". Foi diferente, definitivamente. Acho até que ajudou porque nós somos bem amigos. Deixou tudo menos esquisito.

Quem o conhece sabe o quão bacana é e todo o seu corpão acaba distraindo as pessoas sobre aquilo que tem a dizer. Você se sente explorado por conta do seu físico?

Não, mesmo. É o personagem. E está nos livros. E estou em forma, mas se me apaixono por um filme que requer que eu perca 15 quilos, estarei pronto pra isso.

Faria algo como fez em "50Cent", que perdeu 30kg por um papel?

Sim, se eu me apaixonasse pelo personagem e amasse o roteiro.

Em seu próximo papel, como "Stretch Armstrong", você vai precisar de alguns músculos também...

Sim. Mas, na verdade, meu próximo papel é em "Abduction", com John Singleton. E "Stretch" será ainda depois de "Amanhecer". Então, sim, definitivamente, terá muita ação.

Fale sobre esses filmes, então.

"Abduction" terá Alfred Molina, Sigourney Weaver e Maria Bello. Estou cercado de atores e atrizes talentosos e isso me deixa muito empolgado. E sobre "Stretch", bem, eles ainda estão escrevendo o roteiro. Então, temos que esperar e ver o que vem por aí. Mas, vai saber? Talvez eu perca mesmo um pouco de massa e apenas mantenha a definição. Mas terei que ver o roteiro antes.

Como você recarrega suas energias entre os papéis?

Eu curto não fazer nada. Quando se está sempre ocupado e trabalhando, fazer nada é a coisa mais empolgante que há (risos). E passar um tempo com família e amigos. Eu também pratico esportes, não profissionalmente, mas por diversão. Então, sabe, às vezes jogo um futebolzinho por aí.

Numa entrevista, você disse que ainda leva o lixo para fora e corta a grama da casa dos seus pais. Você não fica com medo das garotas começarem a acampar do lado de fora da sua casa?

Eu acho que vivo duas vidas. Quero dizer, eu realmente tenho essa vida extremamente incrível e diferente. E eu faço o que amo fazer. Mas ainda sou aquele antigo Taylor, na verdade, ele ainda existe com minha família e meus amigos. E eu faço as mesmas coisas que fazia antes, fato pelo qual sou muito grato. Eu acho que passa a ser um problema quando você perde a vida que tinha e se torna alguém totalmente diferente.

Você vive em Los Angeles?

Sim, vivo aqui.

Mas tem seu apartamento?

Não, eu ainda vivo com meus pais. Eu quero dizer, estou tão ocupado, não tem porque eu me mudar agora ou fazer algo extravagante ou definitivo neste momento pois eu estou me preparando para partir. Eu devo ficar longe por mais ou menos um ano.

Sua família viaja com você?

Sim. Acho importante eu me sentir em casa onde eu estiver. Então, eu trago minha família.

Você já teve que lutar por uma garota?

Sim, claro! Já lutei por uma menina. Nada como Jacob e Edward (risos). Jacob luta pesado. Mas se eu estivesse apaixonado por alguém como o Jacob, eu também lutaria assim. Mas, eu tenho que dar parabéns a ele. Ele é bem persistente.

Você é o ator jovem mais bem pago de Hollywood. E você mudou o estereótipo de como um garoto cobiçado deve se parecer...

Sim, vamos ver... Bem, eu sou alemão, francês e holandês.

Então, de onde vem este cabelo preto?

Eu não sei. Já falamos muito disso. O da minha mãe é negro. E ela é a parte holandesa e francesa. Então, definitivamente, vem daí. É uma honra estar aqui, eu nem acredito nisso. E ninguém esperava tanto dessa franquia. Quando estávamos filmando "Crepúsculo", era apenas um filme de baixo orçamento que nós amávamos, mas não sabíamos se ia dar em alguma coisa. Então, aqui, alguns anos depois, estamos prontos para o filme quatro e cinco e realizando projetos diferentes. É um sonho que se torna realidade.

Você parece ter mais liberdade do que Rob e Kristen em relação  a fãs e paparazzi. Como você lida com isso?

Eu não sei. Eu quero dizer, eles são meus amigos e eu os conheci antes e depois de isso tudo acontecer. E, para mim, eles não mudaram nada com isso tudo... O que é ótimo. Pra mim, o mais importante é manter isso, essa outra vida. A mesma que eu tinha antes. E você não pode perder tudo isso, você sabe, é a partir daí que as coisas começam a dar errado.

Parece que o assédio não afeta muito você, né?

Isso é bom de ouvir. Porque eu e a Kristen ficamos nervosos juntos. A gente pira. Tipo, quando a gente apresentou o Oscar ou em qualquer outra ocasião em que vamos a um programa da entrevistas, Rob está aparentemente bem calmo. E a gente inveja isso. Porque, nos bastidores, a gente sua... No Oscar, eu podia literalmente sentir as veias do meu pescoço pulsando... Eu fico tão nervoso! Então, é legal ouvir que passo bem por isso tudo, mas nos bastidores não é bem assim que acontece (risos).

Então, quando são só vocês dois viajando, ficam nervosos o tempo todo?

Sim, acontece. Mas ela, na verdade, faz um bom trabalho. Ela me tranquiliza bastante. Nós somos bem próximos e nos divertimos muito juntos. E você poderia pensar que a gente ampliaria ainda mais esse nervosismo juntos, mas, na verdade, dá muito certo. Porque eu fico tentando acalmá-la e ela faz o mesmo comigo, e então nós dois nos acalmamos... (risos).

Em que você está mais interessado ultimamente?

No meu trabalho, que é fazer filmes. Mas, sim, tenho que confessar: sou um cara que adora carros.

Que carro você dirige?

Nada muito especial. Nada tão excitante. Foi o primeiro carro que tive. Acho que não há muito senso em enlouquecer e torrar uma grana ou fazer algo superextravagante agora. Então, depois que eu começar o filme "Abduction", eu não voltarei por um tempo, acho que por um ano direto.

Você junta dinheiro ou gasta?

Eu economizo. Meu pai e minha mãe são muito espertos com finanças. Me ensinaram a ser um poupador. Vai direto para o banco.

Se tudo isso deixasse de existir amanhã, como você lidaria?

É absolutamente possível. Nesse ramo, você nunca sabe. Você pode estar no topo e perder tudo. Então, você precisa aproveitar o agora, ser esperto com tudo e, sim, eu sou muito grao. Porque só de olhar pra trás para essa experiência já é incrível. E eu me lembraria disso pelo resto da minha vida.

Você quer ir pra faculdade?

Não. Quero dizer, você tem que estar pronto para isso. Eu me matriculei em uma faculdade nos dois anos que se passaram, mas fiz só 10 créditos. E, deste então, tem sido bem difícil. Se eu não estivesse trabalhando, estaria numa universidade. Mas estou trabalhando e sou muito agradecido por isso.

O que faria se não fosse ator?

É uma boa pergunta. Eu amo toda a indústria do cinema. Acho legal o lado criativo e o desenvolvimento de todo o processo. Mas se isso não fosse nem uma opção, então... não sei. Eu pratiquei esportes minha vida vida inteira. E se atuar nunca tivesse ocorrido na minha vida, eu ainda estaria jogando futebol e eu provavelmente estaria numa faculdade pelo futebol.

Acho que você se preocuparia com isso na hora certa.

Sim, quero dizer, eu amo psicologia. Tive algumas aulas de psicologia na faculdade. E foi bem interesante.

Nenhum dos seus pais está envolvido com cinema?

Não. Eu nunca tive um membro sequer da família nisso. Meio que caiu no meu colo. Falei para meus pais que era o que queria fazer e eles simplesmente disseram, ok, vamos ter que nos mudar pra Los Angeles. Minha família se arriscou ao se mudar para me dar suporte e sou grato por isso.