Entrevista de Anna Kendrick para "Maine"

03/09/2010 19:01
De Portland a Hollywood, Anna Kendrick está em ascensão meteórica:

 

Anna Kendrick se tornou “aquela garota”. No seu papel mais notável, ela é aquela garota de "Amor Sem Escalas", com atitude dinâmica e que, por causa de suas discussões com George Clooney, conseguiu uma indicação como melhor atriz coadjuvante ao Oscar desse ano. Para o público de filmes independentes, Kendrick é aquela garota que interpretou a geniosa Ginny Ryerson em Rocket Science de 2007. E para uma parcela diferente da população – a parcela que ainda debate se prefere Team Edward ou Team Jacob – Kendrick é aquela garota da "Saga Crepúsculo", a menina muito enérgica e que só pensa nela mesma chamada Jessica, que rouba a cena de seus deprimidos colegas de elenco, Kristen Stewart e Robert Pattinson.

E agora, por causa do seu pequeno-mas-inteligente papel na adaptação cinematográfica dos quadrinhos "Scott Pilgrim vs. O Mundo", Kendrick vai se tornar a heroína do amor geek ao trazer à vida nas telonas a irmã cativante e opinativa de Scott, Stacey Pilgrim. O filme conta a história de Scott, que deve lutar contra os ex-namorados maus de sua nova namorada para ganhar seu coração. Os ex são interpretados por uma série de rostos familiares, incluindo a estrela de "Quarteto Fantástico", Chris Evans, Brandon Routh de "Superman", e Jason Schwartzman de "Rushmore".

Para Kendrick, a nativa do "Maine" de 24 anos que começou sua carreira viajando para Nova York para fazer testes para shows da Broadway quando era apenas uma criança, foi uma rápida e estranha jornada. O que começou com uma indicação ao Tony por sua participação em "High Society" quando tinha apenas 12 anos se tornou uma carreira ocupada com filmes desejados que a fizeram gravar "Lua Nova" da "Saga Crepúsculo", "Amor Sem Escalas" e "Scott Pilgrim" ao mesmo tempo. Ela acabou de acabar de gravar outro filme ("Live With It") com Seth Rogen e Joseph Gordon Levitt no Canadá. E daqui a pouco, ela vai voltar para a estrada para filmar mais uma sequência de "Crepúsculo".

Mas outro dia – durante uma parada em Boston (Massachusetts) para promover a estreia de "Scott Pilgrim" na sexta – Kendrick, muito acessível e sensível, ficou feliz em estar em casa, na Nova Inglaterra.

Anna Kendrick: (Olhando com ceticismo para um cappuccino que havia sido entregue no quarto de conferências do hotel antes de chegar.) É para mim?

Maine: Não é para mim. Eu não pedi. Eu acho que trouxeram para você.

AK: Eu não pedi. É engraçado – há um cappuccino aqui como se eu tivesse exigido por isso. Eu não pedi. Eu não pedi nada. Parece que eles pensam, “Ela é uma diva.”

MG: Pode ter certeza que eu vou colocar essa parte na história. “Ela não exigiu o café. Não é diva.”

AK: Bom (risos).

MG: Nós deveríamos ter feito essa entrevista anos atrás, quando você começou a sua carreira, porque você é basicamente daqui. Nós consideramos o "Maine" como se fosse “aqui”.

AK: Eu me sinto como se fosse daqui. Quando eu estava crescendo na área de Portland, Boston sempre foi como uma cidade grande para a gente. Eu passei bastante tempo na estação de ônibus South Station. A maior parte do tempo que passei em Boston foi para pegar o ônibus para Nova York ou o ônibus de Boston para casa. Eu passei muitas noites sozinhas com um discman muito ruim.

MG: Você sabe, existe uma diferença entre uma criança que decide que gosta de atuar e faz testes para um teatro em Portland e uma criança que diz, “Me coloque em um ônibus para Nova York.” Essa foi você.

AK: Eu meio que me surpreendi comigo mesma. Talvez, em algum momento, todas as pessoas sentem que a pessoa que elas eram quando crianças é uma estranha. Porque eu parecia ser muito mais atirada e focada naquela idade. Eu tinha a intenção de estar na Broadway. Eu só sou muito grata aos meus pais que me trataram com respeito e me apoiaram muito, muito mesmo.

MG: Você era tão nova. Eles iam para Nova York com você?

AK: No princípio, eles iam de carro comigo até lá e outras vezes eles me levavam de ônibus. Eles dois trabalhavam, então, eventualmente, eles começaram a me mandar para lá com o meu irmão. Quando eu tinha uns 14 anos, era só eu.

MG: E você ia para o colégio na mesma época?

AK: Pedia licença por doença. Eu frequentava uma escola pública, e que Deus abençoe o sistema de escolas públicas, mas se você perder aula por alguns dias, não vai ser um grande problema.

MG: Qual escola pública?

AK: Deering. Vamos Rams1!

MG: Você tem planos para voltar ao teatro ou vai ficar nos filmes daqui para frente?

AK: Eu não tenho planos de voltar ao teatro – mas eu sinto que é algo que eu, definitivamente, gostaria de fazer… quanto mais tempo longe você fica, mais aterrorizante parece. Eu quero fazer de novo antes que se torne muito assustador.

MG: Você faz parte dessa enorme loucura chamada "Crepúsculo" e, do nada, você acaba em uma campanha pelo Oscar. Como você manteve qualquer normalidade na sua vida?

AK: Vou te dizer, o momento mais humilhante é quando você chega em casa da cerimônia do "Golden Globe", ou do "BAFTA" ou do Oscar e você senta na sua cama – que é a mesma cama ruim da loja de departamentos que você tem desde os 18 anos de idade –, e você coloca um velho episódio de "Family Guy" e come uma comida pronta… e está tentando fazer com que não caia macarrão instantâneo no seu vestido de gala de mil dólares.

MG: Há algo sobre você – e pode ser os papéis que você interpreta – mas você é muito acessível. Eu já ouvi mulheres e jovens dizerem que você poderia interpretá-las em um filme de suas vidas.

AK: As pessoas dizem isso? Que elas gostariam que eu as interpretasse em um filme?

MG: Sim.

AK: Essa é a melhor coisa que já ouvi! Isso é incrível. Eu não estou tentando ser Cameron Diaz e nunca me compararia a Cameron Diaz – porque isso seria ridículo. Eu nunca gostaria que de apresentar como alguém fora do alcance ou impossível. Eu não acho que alguém seja enganado a pensar assim… minhas atrizes favoritas são pessoas assim – como Patrícia Clarkson e Laura Linney. Em um mundo ao contrário, essas seriam as pessoas que eu gostaria que me interpretassem em um filme – não necessariamente como Gwyneth Paltrow.

MG: Em todas as entrevistas suas que eu li, você foi perguntada sobre os colegas de elenco Robert Pattinson e George Clooney – coisas do tipo: qual o cheiro de um em comparação ao outro. Ou, se você estivesse em uma ilha, quem você levaria? Você sempre continua com a brincadeira. Deve ser chato para você.

AK: Eu sempre tentei ser legar e não recusar aquela pergunta, mas eu cheguei a um ponto onde eu me pergunto ‘porque não?’… é uma das coisas que me faz odiar dar entrevistas. Se alguém falasse isso sobre mim o tempo todo ou perguntasse “Quem é mais sexy: Anna ou Kristen Stewart?”, isso me faria me sentir terrível. E eu posso imaginar que ela sentiria o mesmo.

MG: Você sabe, eu fui assistir ao "Scott Pilgrim" ontem à noite pensando que não seria o meu tipo de filme – que deveria ser somente para os meninos fãs de quadrinhos. Mas ri bastante.

AK: Honestamente, eu senti o seguinte: quando você vê esse filme, você percebe porque não há trailer ou propaganda na TV que possa capturar corretamente a entonação e energia do filme. Eu acho que será um desses filmes passados no boca a boca.

MG: Como a irmã de Scott Pilgrim — e em todos os seus filmes — você tem uns momentos de destaques, momentos onde você rouba a cena. Você se tornou um alívio cômico. Isso te surpreende?

AK: Eu acho que eu não me veja como engraçada. Eu me vejo como estranha. Eu sou como um pônei que só tem um truque. Eu me divirto muito sendo estranha e essa é a forma mais fácil para ser engraçada. Eu não sei como eu iria processar o fato de ser a garota engraçada favorita de todo mundo no filme. Tem que ser quando o personagem não se toca que é engraçada.

MG: Você acabou de fazer outro filme, "Live With It".

AK: E honestamente, essa é a mesma situação onde (minha personagem é) muito doce, muito vulnerável e muito agradável, então eu fiquei muito animada para interpretá-la, mas, ao mesmo tempo, eu acho que a comédia surge da sua falta de auto-consciência.

MG: Com que frequência você volta pra casa? Quem ainda mora lá?

AK: Minha mãe e meu pai ainda moram em Portland. Eu não vou pra casa, chocantemente, em um bom tempo, o que é uma tristeza. Tipo, quando eu saí do avião ontem à noite, parecia estar diferente. O ar parecia diferente.

MG: Você ainda tem amigos no "Maine". Você mantém contato com eles?

AK: Eu ainda tenho alguns poucos amigos de infância. E algumas outras pessoas, de quem eu nunca fui amiga de verdade, entraram em contato perto da época do Oscar.

MG: E você foi boa com elas?

AK: Foi engraçado ver que os meus amigos de verdade não ligaram para mim porque não queriam ser “esse tipo de pessoa” – e algumas pessoas que eu nunca conheci fizeram questão de aparecer. Foi muito estranho. Foi interessante, quem sentiu a necessidade de me dar espaço e quem sentiu que tinha o direito de me ligar para…

MG: Para o quê? O que eles queriam?

AK: Eu não sei. Eles falaram “Se você estiver em casa…” ou “Da próxima vez que você estiver em Nova York…”. E fiquei meio que pensando “Eu não acho que a gente se conheça tão bem assim…”

MG: Quem foi seu par para o Oscar?

AK: Minha mãe.

MG: E desde então foram vários vestidos bonitos. Isso faz parte da sua forma de chocar o mundo?

AK: Eu me divirto com isso, mas algumas vezes acho que é muita perda de tempo e energia. Porque se você coloca uma boa amiga na situação de gastar horas escolhendo o vestido certo, ajustando-o, fazendo o cabelo e a maquiagem… e depois alguma sarcasticamente rude blogueira de estilo acaba com tudo e você pensa: “Para que eu fiz isso?”

MG: Você lê esses blogs?

AK: Eu olhei bastante durante a temporada (do Oscar), que foi o maior erro que eu poderia ter feito. Eu me dei muito melhor sem olhar.

MG: Achei que os blogs tivessem adorado os seus vestidos.

AK: Aí é que está. Eu não vejo as nove coisas positivas. Eu veja a única coisa negativa. É disso que eu me lembro.

MG: Ninguém tem o controle máximo do seu destino quando se trata de personagens e trabalhos. Mas se você pudesse, o que gostaria de fazer no futuro?

AK: Eu realmente gostaria de trabalhar com outra diretora mulher. Eu só trabalhei com a (diretora de "Crepúsculo") Catherine Hardwicke e tinha um elenco muito grande em um cenário muito frio e chuvoso. Na verdade, não foi o ambiente paz e amor que eu estava esperando. Eu adoraria trabalhar com outra diretora mulher.

MG: Quem foi um defensor surpreendente para você? Eu acho que deve ser muito intimidador e difícil saber em quem confiar – ao entrar nesses ambientes.

AK: Existem várias atrizes que foram muito generosas com seu tempo e palavras. Pareceu que a geração anterior a minha vira e mexe surgia para dizer “vai dar tudo certo.”

MG: E você acha que vai dar tudo certo?

AK: Sim. Eu tenho um papel muito pequeno nesse filme e estou muito orgulhosa dele, o que faz tudo mais fácil porque eu tenho tudo a ganhar e nada a perder. Eu não sei se eu vou sempre me sentir assim. Eu quase sinto como se tivesse chegado ao fundo do poço e, nesse ponto, a parte difícil não existe mais.

Entrevista de Anna Kendrick para "Maine"

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Eu era um modelo ruim. Eu era extremamente alto, mas ainda assim parecia que tinha seis anos de idade. — Robert Pattinson

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