Entrevista com Robert Pattinson

NOVA YORK – Com o cabelo desarrumado, camiseta amarrotada e jeans, Robert Pattinson parece tranquilo e despreocupado. Mas o destruidor de corações de 23 anos, que atrai mulheres fanáticas aonde vai, tem muito a refletir nestes dias, no que vai acontecer quando a “Robmania” acabar.

“Se isso morrer de repente e ninguém mais estiver interessado em mim... Sim, isso é preocupante”, disse o ator. “Dá medo pensar que tudo possa parar de vez quando terminar a febre de "Crepúsculo"” , completou.

A “febre de "Crepúsculo"” se refere a uma franquia cinematográfica de mais de US$ 1 bilhão baseada nos best-sellers de Stephenie Meyer. Pattinson vive Edward Cullen, o vampiro “vegetariano” que se apaixona pela humana Bella Swan, vivida por sua namorada Kristen Stewart.

Apesar do sucesso dos dois primeiros filmes da saga, "Crepúsculo" e "Lua Nova", Pattinson espera desligar-se da imagem de adolescente sensível com seu mais recente projeto, "Lembranças", em que atua ao lado de Emilie de Ravin, Pierce Brosnan e Chris Cooper.

Pattinson, que também atuou como produtor-executivo do drama, conversou com a "Associated Press":

Associated Press: Você sentiu muita pressão por escolher "Lembranças" para ser sua primeira aparição depois de "Crepúsculo"?

Robert Pattinson: Eu gostei muito do roteiro. Quando estava rodando o filme nem sequer pensei nisso. Agora que o filme está estreando é que isso entrou no contexto.

AP: Sei que você tem irmãs mais velhas, você usou algo de sua experiência real para interpretar um irmão protetor?

RP: Nunca tive realmente a oportunidade de fazer isso, de verdade. Lembro de quando eu tinha seis anos e uma de minhas irmãs foi intimidada por alguém. Saí com meu bastão de beisebol de borracha para bater em que fez isso. Esse é o único exemplo de proteção fraternal que tenho.

AP: O que são essas proteções que você usou nas cenas de sexo?

RP: O meu era feito de sutiã adesivo e peruca. Levei 35 minutos para descobrir como colar aquilo e ele imediatamente caiu. Muitos se tornam obcecados quando têm que fazer qualquer coisa sem roupas. Você pensa: “Sim, definitivamente eu preciso esconder minhas partes”, mas você chega e percebe que não se importa em ficar nu na frente de alguém. É libertador.

AP: Se a nudez não te faz ruborizar, o que te envergonha?

RP: Dançar. Eu costumava dançar sempre... Até que quando eu tinha 16 anos, eu estava em um casamento em Seattle e não me dei conta de que a cerveja era muito forte. Eu dançava como um louco e meu pai me perguntou: “o que você está fazendo?”. Isso nunca saiu da minha cabeça.

AP: Você se arrepende de ter feito "Crepúsculo"?

RP: Quando fiz o filme, não tinha ideia de que seria tão grande. Nem sabia iam fazer uma continuação. Mas não me arrependo de nada, não há nada que eu possa fazer a respeito.

AP: Como você se sente por ser um ídolo?

RP: Na verdade, não sei se sou um. Evito me promover como um ídolo, é muita responsabilidade.